Projeto Memória Sindicato dos Bancários de Pernambuco

1931
1933
1934
1939
1951
Conquista de direitos
1961
1964
A volta do Sindicalismo combativo
1983
1985
1988
1990
1992
1994
1995
1998
2002
2003
Até 2004
2006
2009
2010
2012
2014
2015
Fundação do Sindicato, em 1931
A data que daria início a esses trabalhos de forma oficial é marcada como o 9 de outubro de 1931. Naquela `tarde lânguida´, como anos mais tarde descreveria o periódico da categoria, um ´pugilo de idealistas, entusiasmado com a Lei Sindical´ (de 19 de março de 1931), reunidos na rua do Imperador, ensaiava os primeiros passos nessa direção. Cinco dias depois, no Gabinete Português de Leitura, proclamava-se a criação do Sindicato dos Bancários de Pernambuco (SBP), tendo como primeiro presidente o funcionário do Banco do Brasil Adalberto Camargo.
Primeiros sócios
A ata de fundação do Sindicato traz como primeira secretária uma mulher, Elvira Souto. Nela também já há a preocupação com o estabelecimento de uma biblioteca, que seria dirigida por Ebrantina Breckefeld. Entre os associados, o primeiro nome a figurar é o de Abelardo Afonso de Souza Paraíso, do Banco do Povo. A primeira sócia, Angela Silva (sem banco discriminado) vai surgir na matrícula de número 39.
Conquista da jornada de 6 horas
Os bancários conquistam a jornada de 6 horas, até hoje referência para os demais trabalhadores.
Primeira Greve Nacional
A primeira greve nacional da categoria bancária foi deflagrada em julho de 1934, com duração de três dias. Teve entre suas reivindicações a criação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários (IAPB), aposentadoria aos 30 anos de serviço e 50 de idade e estabilidade no emprego a partir de um ano de trabalho.
I Congresso dos Bancários
Sob a presidência de Adelmar de Oliveira, o Sindicato organizou e fez sediar em Recife o I Congresso Brasileiro dos Bancários. O encontro, que se estenderia pelos anos seguintes em várias outras capitais brasileiras, foi aberto no dia 18 de novembro na antiga Câmara dos Deputados.
Dia do Bancário
No início da década de 50 os bancários se rebelaram contra a diretoria do Sindicato, num movimento que veio a tornar-se a primeira greve de bancários em Pernambuco. A paralisação durou 40 dias. Junto com a grande greve de bancários de 1951, que teve amplitude nacional e, depois dela, foi instituído o Dia do Bancário e lançadas as sementes para criação do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Conquista de direitos
Entre 1958 e 1962 os trabalhadores conquistaram a aposentadoria por tempo de serviço e, especificamente para a categoria bancária, o fim do trabalho aos sábados.
Conquista do 13º Salário
Em campanha junto com outras categorias, os bancários e os trabalhadores brasileiros conquistam o 13º salário.Ano de prisão de líderes sindicais
Mais de dez líderes sindicais pernambucanos já se encontram presos pela polícia que, inclusive, invadiu, anteontem, a sede do Sindicato dos Bancários, prendendo quase todos os dirigentes do Conselho Sindical dos Trabalhadores que ali se encontravam. Entre eles, estão detidos no Quartel das 5 Pontas os Srs. José Raimundo da Silva, Gilberto Azevedo e outros (….). Assim noticiou, em 31 de agosto de 1961, o jornal A Hora.
Golpe
Oficializado o golpe, o governador Miguel Arraes é instado a renunciar e preso em 1º de abril de 1964. No mesmo período a sede do Sindicato é invadida e sindicalistas são presos. O Sindicato fica sob intervenção.
1978, 1979, a volta do sindicalismo combativo
Em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, surge uma das mais importantes greves pós-golpe militar: a dos metalúrgicos. Apesar da forte repressão, a volta das greves como instrumento democrático vingou e marcou o final daquela década, destacando a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva (então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos) e aglutinando em seu favor todos os setores que lutavam contra a ditadura. Em Pernambuco, no ano seguinte, os canavieiros mobilizaram cerca de 100 mil trabalhadores rurais da Zona da Mata, conquistando vitórias expressivas. No Sindicato, monta-se chapa da oposição bancária pela primeira desde o golpe militar para disputar eleição contra dirigentes nomeados pelo governo, o movimento acaba derrotado.
Fundação da CUT
O congresso de fundação da CUT aconteceu nos dias 26 a 28 de agosto de 1983, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo. Nessa data, 5.059 delegados, de 912 entidades (335 urbanos, 310 rurais, 134 associações pré-sindicais, 99 associações de funcionários públicos, 5 federações, 8 entidades nacionais e confederações) participaram. Surgia uma entidade que rompia com os padrões políticos do passado e permitia aos trabalhadores se expressarem como sujeitos políticos independentes na vida nacional.
Grande greve dos bancários
A Oposição Bancária, MOB, perde nova eleição para o Sindicato, mas sua atuação é crescente. Nesse ano, grande greve nacional une a categoria bancária e, no seguinte, os funcionários da Caixa Econômica Federal são reconhecidos como bancários, não mais economiários. Um ano depois da maior greve já realizada pelos bancários, a categoria também conquista o auxílio-creche.
Oposição Bancária vence em Pernambuco
Inspirada no novo sindicalismo, ligado à recém-criada CUT, a Oposição Bancária consegue vencer as eleições e assume o Sindicato, sob a presidência de Marcos Pereira, bancário do Bandepe. Dois fatores contribuem muito para essa vitória, a recente sindicalização dos empregados da Caixa e a vitória de Miguel Arraes ao Governo do Estado, acabando com a repressão aos bancários do Bandepe ligados à oposição e “democratizando” a ação da polícia, antes usada para reprimir os oposicionistas, e reprimindo fraudes. Apesar da grande esperança na volta de uma entidade combativa, o cenário encontrado é uma política assistencialista, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco administra escola, restaurante, clínica médica e até um consórcio de carros, enquanto a categoria amarga sucessivas perdas salariais e de direitos.
Conquista do tíquete
Os bancários foram um dos pioneiros na conquista do tíquete-refeição, abrindo caminho para outras categorias garantir o benefício nos anos seguintes.
Conquista da Convenção Coletiva
A assinatura da primeira Convenção Coletiva de Trabalho garantiu os mesmos direitos para todos os bancários do Brasil. Até hoje os bancários são a única categoria a ter esse instrumento assinado com todas as empresas do sistema financeiro.
Conquista do vale-alimentação
Foi com luta da categoria que se conquistou esse direito que garante as compras do mês no supermercado.
Exército de FHC contra a greve
O projeto neoliberal do presidente FHC, amparado na política de privatizações, atingia diretamente setores estratégicos da sociedade. Quatro meses após a posse, o presidente se viu diante de um grande movimento de resistência dos trabalhadores no qual os petroleiros ocuparam a vanguarda, permanecendo de braços cruzados por 32 dias. Sua resposta foi mandar o Exército invadir as refinarias da Petrobras.
1995-2006, conquista da PLR
Bancários são a primeira categoria a conquistar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no Brasil, em 1995. Em 2006, bancários garantem o adicional de PLR.Privatização e menos bancários
Se no cenário nacional a queda foi abrupta – de 1 milhão para 400 mil bancários –, o impacto das demissões no setor financeiro foi proporcionalmente maior em Pernambuco, que de 30 mil na base passou a 9 mil com a privatização do Bandepe (em 1998), dois bancos envolvidos no Proer (Banorte e Econômico) e o ataque no BB, com as demissões incentivadas.
Resistência na Caixa e no BB
Quando FHC assumiu seu primeiro mandato, em janeiro de 1995, o BB tinha 119.380 funcionários e a Caixa Econômica Federal 65.076. Ao deixar o governo, em dezembro de 2002, o número de bancários havia caído para 78.619 no BB e 55.691 na Caixa. O BB impôs uma política de congelamento salarial, pela qual o salário-base do funcionalismo teve apenas 3,73% de reajuste durante os oito anos de FHC, para uma inflação de 67,93%, segundo o Dieese. O objetivo era preparar os bancos para a privatização.
Posse de Lula e nova fase do sindicalismo
Nos bancos públicos os delegados sindicais voltam a atuar sem as restrições do período FHC e a expectativa é de que o diálogo seja restabelecido. Mesmo assim uma forte greve vai atingir o BNB, Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil no ano de 2004, com grande adesão dos bancários. A paralisação se estende por um mês. O ano também marca a primeira campanha nacional unificada entre os funcionários de bancos públicos e privados e o início do processo de reorganização da categoria.
Aumento real
Com a greve de 2004, os bancários realizam sua primeira campanha salarial unificada. Funcionários dos bancos públicos e privados conquistam reajuste salarial acima da inflação, fato que se repete nos anos seguintes.
Unificação de campanhas
No mês de agosto foi desenvolvida a Campanha Unificada dos Trabalhadores, uma das resoluções do 9º Congresso Nacional da CUT. A campanha estava centrada em salário, emprego, jornada de trabalho, saúde e segurança, direitos sindicais e políticas públicas. O ato de lançamento foi no dia 18 de agosto.
A vitória por dois votos
As eleições para a diretoria do Sindicato em 2009 passaram à história pela grande disputa, que acabou na vitória da chapa 3 por apenas dois votos no segundo turno. E elegeu Jaqueline Mello a primeira mulher na presidência do Sindicato.
Mudança no estatuto
Com base nos compromissos assumidos na campanha eleitoral, a nova diretoria do Sindicato fez mudanças no estatuto como a limitação de cada diretor executivo poder ficar no mesmo cargo por no máximo duas gestões e a diminuição do próprio mandato em seis meses para que a data das eleições não ocorresse mais no período da campanha salarial. Outro ponto essencial foi a maior presença nos locais de trabalho e a união com sindicatos e entidades nacionais.
Projeto de segurança
Após mais uma greve forte, os bancários conquistam um projeto-piloto que garante a implantação de boa parte dos itens de segurança reivindicados para as agências. O projeto passa a funcionar, de forma pioneira no país, nos bancos de Recife, Olinda e Jaboatão.
Luta por direitos
O Sindicato engrossou a luta contra a onda conservadora que tomou conta do Congresso Nacional e brigou contra todos os projetos de lei que retiram direitos dos trabalhadores.
Primeira presidenta de bancos privados
Suzineide Rodrigues é eleita a nova presidenta do Sindicato, a primeira bancária de banco privado a assumir o cargo pós-ditadura 64.
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