Golpe e repressão
Em 1961, mais de dez líderes sindicais pernambucanos foram presos, entre eles José Raimundo da Silva, Gilberto Azevedo e outros. A ditadura militar brasileira ainda não havia começado, mas os tempos já eram difíceis para aqueles que defendiam o ideário comunista. O Brasil estava convulsionado pela inesperada renúncia do presidente da República Jânio Quadros, quatro dias antes das prisões dos sindicalistas. Setores mais conservadores queriam impedir a posse do vice de Jânio, João Goulart, por sua proximidade com os movimentos populares e países comunistas. Os bancários de Pernambuco, por sua vez, tinham em Gilberto Azevedo um estímulo à combatividade. Entre 1958 e 1962 os trabalhadores conquistaram a aposentadoria por tempo de serviço e, especificamente para a categoria bancária, o fim do trabalho aos sábados.
Em Pernambuco, com o golpe, a sede do governo estadual foi cercada e o governador instado a renunciar. Acabou preso no mesmo 1º de abril de 1964. Os militares também miraram de imediato o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, então presidido por Darcy Leite (Gilberto Azevedo, desde 1962, tornara-se deputado estadual). A partir do golpe militar, há a intervenção no Sindicato.